Que vida maldosa, me fizeram o favor de arranjar, Que vida amargurada, me quiseram dar e desbastar. Que forma mais prepotente tiveram, de me magoar, Será que me iram para sempre discriminar? Porque me enraizarão a dor, em vez a morte? Porque me abalizaram, roubando-me a sorte? Será que, por mais verdadeiro que consiga ser, Acabam sempre por me fazerem sofrer. Arruinado pela tua maneira de distanciar-me de ti, Chego à conclusão, que realmente nunca te conheci. Perdoei coisas que jamais devia de perdoar, Preocupei-me contigo, e tu agora fazes-me chorar. Fazes-me virar costas ao meu berço-de-ouro, Abdico-me de ti, sendo tu para mim um tesouro. As palavras já não te tocam, já não as queres sentir, Com a tua partida, roubas-te a minha maneira de sorrir. Tentei voltar para ti sendo tu a última a decidir, Percebi tarde demais, que me queres deixar ir. Abandonas um coração despedaçado e esmagado, Olho em redor, e não te vejo em qualquer lado. Será que para sempre, por ti fui deixado? Ou será, que algum dia, serei o teu homem encontrado? Respostas preciso eu de saber, diz-me agora, Diz logo! antes que chegue a hora, de ir embora.